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Categoria: Cada uma!

Autor: vovó Vicki

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Tem coisa que é difícil de acreditar. Já pensou receber emails de alguém que já bateu as botas? Pois é, hoje acabei de descobrir que isto é possível e até fiquei tentada a fazer uma brincadeira deste tipo com meus inimigos

O serviço especial de entrega de emails post mortem que encontrei chama-se The Last Email (O Último Email). O site do pessoal tem até uma versão em Português, olha só que coisa! Você pode contratar vários planos (master, premium, essential e free) para garantir que, depois da sua morte, pessoas que você escolheu entre parentes, amigos e até inimigos recebam emails que você preparou enquanto ainda podia escrevê-los. Para dizer a verdade, o que mais gostei foi a chamada Só se morre uma vez - inscreva-se já! É claro que não escreveram coisas do tipo "não deixe para amanhã o que você pode dizer e fazer hoje", mesmo por que este tipo de apelo seria contrário ao espírito (desculpe o trocadilho) do negócio, mas explicam que, se você se inscrever, receberá uma chave pessoal e intransferível com a qual poderá acessar uma área exclusiva para escrever suas mensagens. Explicam também que "A informação contida nos emails é encripitada pela chave de autenticação e não poderá ser visualizada por nenhuma outra pessoa..." Cruz credo, encripitada dá susto até no capeta!

Achei o fato tão inusitado que resolvi dar mais uma procurada no Google. Não é que encontrei mais uma preciosidade, o My Last Email (Meu Último Email)? Este pessoal pecou em não encontrar um nome mais "personalizado" para o site mas, em compensação, oferece memoriais e obituários online.

A partir daí parei de procurar por que, de repente, uma dúvida pintou na minha cabeça: já pensou a confusão que pode ser causada se este tipo de email do além for enviado aos destinatários quando o "falecido" ainda estiver vivo, mesmo que agonizando numa UTI? Quem é que avisa os tais dos serviços? Como é que estes serviços confirmam a morte do remetente? Será que um testamenteiro de emails precisa ser nomeado? Sei lá, em todo caso não consigo entender por que alguns emails defuntos podem ser mais importantes do que o que se pode fazer e resolver ainda em vida ou o que estes mesmos emails (pagos, naturalmente) têm de tão especial que não possam ser substituídos por alguns recados ou cartas escritas pelo viajante do além, deixadas estrategicamente onde possam ser encontradas por quem de direito.

Vivendo e aprendendo. Acontece cada uma e ainda se inventa uma coisa pior do que a outra!