A Aldeia Numaboa ancestral ainda está disponível para visitação. É a versão mais antiga da Aldeia que eu não quis simplesmente descartar depois de mais de 10 milhões de pageviews. Como diz a Sirley, nossa cozinheira e filósofa de plantão: "Misericórdia, ai que dó!"

Se você tiver curiosidade, o endereço é numaboa.net.br.

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Termina uma novela, começa outra

Qui

17

Set

2009


18:17

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Pão e circo! A turma continua ocupada na sala de jantar. Fico triste é de ver como os personagens das novelas se tornam parte do círculo social de tanta gente, até do meu se descuido em me deixar assistir alguns capítulos seguidos de uma saga qualquer destas da TV. Vários meses acompanhando a vida de gente que não existe mas que chora e ri todos os dias na sala de minha casa fazem ela cativar e se tornar referência de ações e reações em meu imaginário ou meu inconsciente. Tá louco, ter a ficção como modelo para a realidade.

As interjeições e expressões linguísticas inventadas pelo autor da novela para os personagens entram no vocabulário das pessoas do lado de fora da TV, fazendo uma onda de propagação da realidade desenhada dentro da sociedade real. Pessoas que precisam trabalhar para pagar suas contas e tem vazios reais em seus corações usam o tempo de seus diálogos para discutir as escolhas dos personagens inventados e ajudá-los a decidir melhor se vingam-se, perdoam-se, casam-se, separam-se, vendem-se ou se dão. As pesquisas de opinião, muito bem elaboradas pelos institutos contratados pela rede de TV, determinam os rumos finais da história e a maioria fica satisfeita porque deu tudo certo como deveria no mundo criado nesta simbiose entre autor, produtora e público. A audiência lá em cima garante o retorno comercial, o pagamento da produção e o lucro pra roda continuar girando cada vez maior.

 

Tudo tranquilo até aí. O povo quer circo, que tenha. A emissora precisa de audiência, e a conquista com propriedade. O autor põe pra fora sua pop-criação e se realiza profissionalmente. Mas quem dá conta do efeito disso? As pessoas espelham-se numa realidade construída por elas, uma realidade que é a projeção de seus anseios íntimos e na qual eles dão certo. Mas ao repetir as mesmas ações do lado de fora da TV descobrem que o resultado é dor e machucados que geram novos anseios que geram novas histórias que geram novas novelas na TV, que geram novos machucados, que geram novos anseios... numa bola-de-neve de destruição emocional pela fragilização dos valores sociais. Como aquele relojoeiro que regulava o horário dos relógios da vitrine pelo horário do relógio da praça, que era regulado pelo zelador da praça com base no horário dos relógios da vitrine do relojoeiro. Se ninguém se ligar, uma hora o sol vai se pôr de manhã.

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