A Aldeia Numaboa ancestral ainda está disponível para visitação. É a versão mais antiga da Aldeia que eu não quis simplesmente descartar depois de mais de 10 milhões de pageviews. Como diz a Sirley, nossa cozinheira e filósofa de plantão: "Misericórdia, ai que dó!"

Se você tiver curiosidade, o endereço é numaboa.net.br.

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Enquanto isso na sala da justiça...

Sex

27

Fev

2009


17:00

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Nesta semana acompanhei meu pai no banco. Fiquei olhando de longe. Ele pegou a senha do atendimento preferencial (uma vantagem pra quem já tem cabelo branco), mas também entrou na fila do atendimento comum, para ver qual dos dois atenderia primeiro. Sua senha no preferencial era a 26. Quando enfim foi chamado no atendimento comum, no preferencial ainda estavam chamando o número 18. Depois de fazer o que tinha para fazer, deu sua senha (a não usada) para o primeiro dos que viu na fila dos idosos e que, coincidentemente, pelo que reparei, era o último na ordem de espera. O sujeito que ganhou a senha abriu um baita sorriso por ter passado algumas vagas à frente.

Os velhinhos esperam sentados enquanto a turma mais nova fica de pé. A existência do atendimento preferencial não é só pra deixar o povo sentar por isso é esquisito os que tem preferência demorarem mais pra serem atendidos. Mas não tou escrevendo pra criticar a demora, não. Outra coisa, o aproveitamento da senha que meu pai não usou pelo sujeito que a ganhou é esquisito igual; afinal, o cara não fez por merecer, foi sorteado porque tava no caminho de meu pai e de repente vai ser atendido antes do pessoal que já estava lá esperando antes dele chegar.

Então veja: atendimentos diferenciados existem com o propósito de facilitar a vida pra quem não tem a mesma condição de espera da maioria. O sistema de senhas para atendimento existe para haver justiça na ordem do atendimento, ou seja, permitir que quem chegou antes seja atendido antes. Então dá pra concluir que as normas existem para haver ordem e justiça. Mas tem coisas que as normas não podem prever e que roubam o sentido das regras, como quando o atendimento não-preferencial vai mais rápido ou uma senha largada não usada permite que alguém fure a fila.

Paulo de Tarso, na segunda carta que escreveu pra igreja de Corinto, diz da lei que a letra mata, mas o Espírito vivifica (II Co. 3:6) ele tava falando da diferença entre a justiça de se cumprir a lei e a justiça da lei que Jesus Cristo cumpriu. Mas esta citação quer dizer bem isso, as normas, enquanto texto puro, não podem dar conta da justiça, porque gente é bicho complexo e cada um é um com coisas próprias e história única. As regras, sem o sentido que faz as regras existirem, podem ser um atrapalho e permitir mais injustiça que a falta delas e não há o que se faça para normatizar de forma completa e justa. Por isso, no que se esteja ao alcance, bom senso é fundamental. Como já diz o velho deitado, digo, o velho ditado (porque os velhos esperam sentados): texto fora de contexto é pretexto.

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